Pactos sectoriais
De forma a aumentar o compromisso geral com o PPE, foram assinados pactos sectoriais entre as entidades-cúpula dos sectores abrangidos pelo PPE, a ADENE e o Governo.
Adicionalmente, foram desenvolvidos planos sectoriais, adequando o PPE às necessidades específicas de cada sector de atividade sem comprometer a segurança da população, o abastecimento energético e as atividades da economia.
Estão abrangidos pelos pactos sectoriais a indústria, os municípios, os centros comerciais, e o comércio e serviços.
Objetivo
Os pactos e planos sectoriais têm como objetivo:
- Aproximar e adequar as políticas públicas que são produzidas às necessidades específicas de cada sector, aumentando o compromisso geral
- Envolver os representantes dos sectores abrangidos pelo PPE, para que estes possam contribuir para robustecer as suas diretrizes
- Apoiar a monitorização do PPE
- Exponenciar o alcance da comunicação e sensibilização
Testemunhos
das entidades signatárias dos pactos
José Eduardo Carvalho
Presidente da Direção da Associação Industrial Portuguesa - Câmara de Comércio e Indústria
“As dificuldades e perturbações no mercado mundial da energia, agravada pela invasão da Ucrânia pela Rússia e a escalada dos preços, nomeadamente das matérias-primas, custos de transporte e energia, com óbvios impactos diretos nos custos de produção industrial, colocaram em evidência a necessidade de reduzir o consumo de energia, de forma a evitar disrupções nos sistemas energéticos.
A AIP-CCI desde sempre colocou ênfase na importância central que assumem os temas relacionados com a energia na indústria, os seus custos e uso eficiente, pelo que o Pacto celebrado entre a AIP-CCI e a ADENE, para a implementação do PPE junto da indústria, assume particular importância como ferramenta de ajuda às empresas na adoção de práticas e medidas que permitam a redução da sua fatura energética, bem como contribuam para a diminuição, direta e indireta, do consumo de eletricidade e gás.”
Rui Solheiro
Secretário-Geral da Associação Nacional de Municípios Portugueses
“O ano de 2022, com as oscilações no mercado mundial da energia, agravadas pela guerra na Ucrânia, os efeitos da seca e o aumento da inflação, com impacto nas famílias, nas empresas e na gestão pública, nomeadamente nos municípios, demonstrou a necessidade inequívoca de aceleração da transição energética. É, neste quadro, que se compreende a importância do Plano de Poupança de Energia (PPE) e a subscrição de um Pacto de Compromisso com a ADENE pela Associação Nacional de Municípios Portugueses, no sentido da divulgação, implementação e monitorização junto dos municípios.
Os municípios evidenciam responsabilidade ambiental e geracional e têm vindo a aprofundar as boas práticas de poupança e eficiência energética. Um grande número tem planos estratégicos para a sustentabilidade e transição energética, bem como guiões para a poupança e eficiência energéticas. Entre as medidas implementadas pelos municípios, há simples mudanças comportamentais, que não representam custos de investimento, mas há outras mais ambiciosas, que requerem investimento significativo, pelo que é fundamental a elegibilidade e acesso ágil e eficaz dos municípios aos fundos comunitários.”
Carla Pinto
Diretora Executiva da Associação Portuguesa de Centros Comerciais
“A assinatura do pacto para a implementação do Plano de Poupança de Energia (PPE), entre a Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) e a ADENE – Agência para a Energia materializa o compromisso dos Centros Comerciais com as metas nacionais e europeias de redução dos consumos energéticos.
O aumento da eficiência energética é desígnio permanente dos Centros Comerciais e já com resultados assinaláveis. Com o pacto para a implementação do PPE quisemos ir ainda mais longe, desenvolvendo um conjunto de iniciativas que permitem obter ganhos adicionais no curto prazo, com especial incidência nos consumos associados à climatização, iluminação e transportes verticais dos Centros Comerciais.
Os Centros Comerciais, enquanto ecossistemas dinâmicos e flexíveis, há muito que incorporaram a sustentabilidade nas suas estratégias, sendo ainda um elemento presente em todos os processos de gestão diária.”
João Vieira Lopes
Presidente da Direção da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal
“Nem todos terão a perceção de que o sector dos serviços, incluindo o comércio, é um grande consumidor de energia elétrica – representa 35% do consumo de energia elétrica total do país. Neste contexto, a CCP entendeu subscrever o PPE e comprometer-se com medidas de redução de consumos, não só pelo momento específico que se vive decorrente da invasão da Ucrânia, mas também como meio de impulsionar uma transição que consideramos fundamental e que muitas empresas têm vindo a prosseguir, embora a velocidades diferentes.
A guerra, esperamos, terminará sem serem necessárias medidas adicionais por imposição ou recomendação nacional ou comunitária, mas as exigências de um comportamento mais amigo do ambiente irão necessariamente perdurar. É evidente que os sectores representados pela CCP são muito heterogéneos e, como tal, a aplicação de muitas das medidas está, igualmente, a ser distinta de subsector para subsector, mas as reações que vamos recolhendo leva-nos a concluir que as empresas, não só estão a corresponder ao Plano, como estão ainda disponíveis para ir mais longe se as circunstâncias, nomeadamente, financeiras, permitirem algum investimento nestas áreas.”